segunda-feira, 27 de novembro de 2017

ESTUDO DO SINCOMAVI INDICA QUEDA ACENTUADA NO NÚMERO DE EMPRESAS NO SETOR VAREJISTA DE CONSTRUÇÃO

Índice representa o fechamento de 2.101 estabelecimentos comerciais

Um estudo realizado pelo Departamento de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi), a partir dos últimos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, mostra que na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) o número de estabelecimentos varejistas de tintas, vidros, ferragens, madeira e materiais de construção recuou 7,25% de 2013 a 2016.  O índice representa o fechamento de 2.101 estabelecimentos comerciais.


Pelas atividades consolidadas, as maiores retrações percentuais são das lojas do varejo de tintas e materiais para pintura, que no período citado contaram com uma queda de 9,8%. “Se considerarmos neste setor o período 2011 a 2016, o retrocesso é de 13,2%”, ressalta o economista Jaime Vasconcellos.

No caso do comércio varejista em geral, a predominância de sua composição é de  micro e pequenas empresas. “Além de demonstrar que 83,2% dos estabelecimentos comerciais avaliados possuem menos de dez funcionários, a RAIS de 2016 também revela que este extrato empresarial possui 42,4% de toda força de trabalho do setor”, comenta Jaime.

No varejo de tintas e materiais para pintura, os comércios com até 9 trabalhadores em seu quadro funcional representam 82,6% do total e 61,6% do mercado de trabalho com carteira assinada. Das três atividades avaliadas é aquela com maior participação de pequenas empresas no estoque de vagas.

Ainda que sejam referentes até o exercício de 2016, os dados revelam que, num momento de crise forte e persistente, inexiste a dicotomia de trabalhadores e empresários. Ambos perdem.  “Não só há retração do mercado de trabalho formal, mas também no número de estabelecimentos”, reforça o economista.

Em sua opinião, a expectativa ainda não é nada alentadora em relação aos dados de 2017. “A profundidade da crise não nos permite sair dela de forma rápida, até porque passamos por um processo de reação, mas longe de uma completa recuperação”. Isso se refere ao mercado de trabalho e também aos estabelecimentos. Os números no atual ano tendem a apresentar recuo, ainda que possivelmente de forma mais amena", destaca Vasconcellos.

www.sincomavi.org.br

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