quinta-feira, 15 de março de 2018

VENDAS DE CIMENTO NO BRASIL EM FEVEREIRO APRESENTAM QUEDA

Mesmo assim, alguns fatores estão levando a um cenário mais otimista

As vendas internas de cimento no Brasil em fevereiro deste ano totalizaram 3,9 milhões de toneladas, que representam uma queda de 0,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior,  segundo dados preliminares do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). No primeiro bimestre do ano, as vendas atingiram 8,2 milhões e acumulam queda de 0,4% em relação ao primeiro bimestre do ano passado.


Já nos últimos 12 meses (mar 2017 a fev 2018), as vendas acumuladas atingiram 53,7 milhões de toneladas. Este número significa uma redução de 5,0% em comparação com os 12 meses anteriores (mar 2016 a fev 2017). Na comparação por dia útil, que é o melhor indicador da indústria,  as vendas em fevereiro apresentaram crescimento de 7,3% em relação ao mês anterior (janeiro/18).

Pelos resultados, reforçam-se as diferenças regionais. Enquanto no país os números apontam para uma certa estabilidade, com queda inferior a 0,5%, nas regiões Norte e Nordeste os resultados ainda são desanimadores, com quedas respectivas de 11,7% e 7%. O Nordeste em especial, que registrava taxas acima da média nacional nos anos áureos (até 2014), amarga quedas diferenciadas, junto com a região Norte.  As demais começaram a responder às expectativas de redução no ritmo da queda no consumo de cimento, com registros positivos.

Para Milton Cintra, do portal Cimento.Org®, o pequeno crescimento projetado para as vendas de cimento em 2018 ainda será desproporcional: “O crescimento continuará sendo desequilibrado entre as diversas regiões do país, impondo ainda dificuldades às 32 plantas instaladas no nordeste, de propriedade de 15 grupos empresariais distintos e que produzem, nada menos, que 18 marcas diferentes de cimento”.

Já para Paulo Camillo, presidente do SNIC, os resultados do mês de fevereiro foram fortemente influenciados pelas chuvas ocorridas em diversas regiões do país, porém estão em linha com as expectativas de recuperação de demanda em 2018: “O desempenho de fevereiro poderia ter sido melhor se não fosse o clima. Nos últimos meses de 2017 o mercado sinalizou com uma desaceleração no ritmo da queda, mesmo assim, no primeiro trimestre, o consumo ainda deve apresentar resultados negativos quando comparados com o mesmo período. No segundo trimestre devemos ver os primeiros números positivos desde 2014”.

Perspectivas

Paulo Camillo apontou alguns fatores que estão levando a um cenário mais otimista para a indústria do cimento em 2018: “A atividade da construção civil foi a que mais sofreu com a prolongada recessão, entretanto alguns de seus indicadores começam a apresentar sinais de recuperação. Acreditamos que o consumo de cimento fique entre 1% e 2% em 2018, porém, mesmo com esse crescimento, a capacidade ociosa da indústria permanecerá num nível elevado, próximo a 45%”.

www.cimento.org

Com portal Cimento.Org

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