Dados reuniram várias análises laboratoriais, inclusive da indústria
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso (Sedec-MT), viabilizou um estudo de campo, realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT), que resultou no "Projeto de Pesquisa e Caracterização de Argila para a Indústria Cerâmica da Região Centro-Sul de Mato Grosso".
As informações foram apresentadas na última semana, na Sedec-MT, pelo técnico do Senai-MT, Lucas Gouveia, responsável pelo detalhamento do estudo. Com 12 etapas ao todo, o projeto já concluiu oito delas e deve ser finalizado no próximo mês de abril. Até o momento, as fases do projeto se dividiram em pesquisa e rastreio de informações geológicas, entre outras ações.
Dados de diversas análises laboratoriais, inclusive em nível industrial, constataram que a argila presente em algumas regiões como Cuiabá, Alto Araguaia, Dom Aquino e Diamantino é de boa qualidade e abundante, como explicou Gouveia. “Hoje, a nossa referência é, sem dúvida, o polo de Santa Gertrudes, no interior de São Paulo, que é considerado um dos maiores do mundo e responsável por 85% de toda a produção de revestimos cerâmicos da cidade"disse.
"Entretanto, após minuciosas análises, constatou-se que a argila coletada em Diamantino (220 km ao norte de Cuiabá), possui qualidade superior a encontrada no polo paulista. Também estimamos um volume impressionante de argila na região que daria perfeitamente para suprir a demanda de cinco ou seis indústrias gerando produto por um século”, completou Lucas.
Ainda conforme o gestor do Senai-MT, Mato Grosso apresenta um enorme potencial a ser explorado no mercado de extração de argila para transformar em cerâmica e porcelanato, pois, possui uma matéria-prima de altíssima qualidade, já atestada e abundância de matéria-prima. O gargalo, segundo ele, está na questão de geração de energia para subsidiar o funcionamento de uma indústria do segmento que é movida a gás.
“Pensamos em diversas estratégias para levar o gás que viria da Bolívia até a região de Diamantino, por exemplo, mas, o custo fica inviável. O que estamos analisando agora é um projeto para gerar energia através de biodigestores que possam transformar insumos como o milho ou mesmo os resíduos produzidos por frigoríficos para transformar em gás”, explicou.
Mercado
Como resultado do projeto, alguns empresários já estão demonstrando interesse em possíveis investimentos, como citou o diretor da Federação das Indústrias do Estado (FIEMT), Luiz Carlos Richter, que pede o apoio do governo apoie a atividade. O estudo aponta que foram encontrados diversos pontos que possuem a matéria-prima que dá origem aos revestimentos cerâmicos: 23 em Diamantino, sete em Cuiabá, nove em Dom Aquino e 11 no Alto Araguaia.
“Empresas nacionais que já atuam no setor estiveram ‘in loco’ para verificar as condições de implantação, inclusive, gente da Itália tem nos procurado para saber mais detalhes de como poderiam instalar aqui seus negócios. O gargalo é mesmo a questão do fornecimento do gás e a questão burocrática de licenças ambientais e fundiária", disse.
Vale destacar que, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmicas para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), anunciados em novembro do ano passado, o Brasil é um dos principais players do mercado mundial, ocupando a segunda posição em produção e consumo de revestimento cerâmico, além de ser o sétimo na escala de exportação.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso (Sedec-MT), viabilizou um estudo de campo, realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT), que resultou no "Projeto de Pesquisa e Caracterização de Argila para a Indústria Cerâmica da Região Centro-Sul de Mato Grosso".
As informações foram apresentadas na última semana, na Sedec-MT, pelo técnico do Senai-MT, Lucas Gouveia, responsável pelo detalhamento do estudo. Com 12 etapas ao todo, o projeto já concluiu oito delas e deve ser finalizado no próximo mês de abril. Até o momento, as fases do projeto se dividiram em pesquisa e rastreio de informações geológicas, entre outras ações.
Dados de diversas análises laboratoriais, inclusive em nível industrial, constataram que a argila presente em algumas regiões como Cuiabá, Alto Araguaia, Dom Aquino e Diamantino é de boa qualidade e abundante, como explicou Gouveia. “Hoje, a nossa referência é, sem dúvida, o polo de Santa Gertrudes, no interior de São Paulo, que é considerado um dos maiores do mundo e responsável por 85% de toda a produção de revestimos cerâmicos da cidade"disse.
"Entretanto, após minuciosas análises, constatou-se que a argila coletada em Diamantino (220 km ao norte de Cuiabá), possui qualidade superior a encontrada no polo paulista. Também estimamos um volume impressionante de argila na região que daria perfeitamente para suprir a demanda de cinco ou seis indústrias gerando produto por um século”, completou Lucas.
Ainda conforme o gestor do Senai-MT, Mato Grosso apresenta um enorme potencial a ser explorado no mercado de extração de argila para transformar em cerâmica e porcelanato, pois, possui uma matéria-prima de altíssima qualidade, já atestada e abundância de matéria-prima. O gargalo, segundo ele, está na questão de geração de energia para subsidiar o funcionamento de uma indústria do segmento que é movida a gás.
“Pensamos em diversas estratégias para levar o gás que viria da Bolívia até a região de Diamantino, por exemplo, mas, o custo fica inviável. O que estamos analisando agora é um projeto para gerar energia através de biodigestores que possam transformar insumos como o milho ou mesmo os resíduos produzidos por frigoríficos para transformar em gás”, explicou.
Mercado
Como resultado do projeto, alguns empresários já estão demonstrando interesse em possíveis investimentos, como citou o diretor da Federação das Indústrias do Estado (FIEMT), Luiz Carlos Richter, que pede o apoio do governo apoie a atividade. O estudo aponta que foram encontrados diversos pontos que possuem a matéria-prima que dá origem aos revestimentos cerâmicos: 23 em Diamantino, sete em Cuiabá, nove em Dom Aquino e 11 no Alto Araguaia.
“Empresas nacionais que já atuam no setor estiveram ‘in loco’ para verificar as condições de implantação, inclusive, gente da Itália tem nos procurado para saber mais detalhes de como poderiam instalar aqui seus negócios. O gargalo é mesmo a questão do fornecimento do gás e a questão burocrática de licenças ambientais e fundiária", disse.
Vale destacar que, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmicas para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), anunciados em novembro do ano passado, o Brasil é um dos principais players do mercado mundial, ocupando a segunda posição em produção e consumo de revestimento cerâmico, além de ser o sétimo na escala de exportação.
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