quarta-feira, 8 de junho de 2022

VENDAS DA INDÚSTRIA DO CIMENTO DESTACAM AS INCERTEZAS DO MERCADO

Resultado de maio recuou 0,9% em comparação ao mesmo mês de 2021

As vendas da indústria do cimento em maio passado tiveram um recuo de 0,9% em comparação ao mesmo mês de 2021. Em termos nominais foram comercializadas 5,5 milhões de toneladas do material, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic). O resultado foi impactado pelo agravamento da pressão sobre os preços dos insumos e de matérias-primas.

Com esse movimento, a inflação insiste em permanecer em dois dígitos e as expectativas são de uma continuidade nos aumentos. A taxa de juros em ascensão está em 12,75%, o que deixa o financiamento habitacional ainda mais caro. 

Diante desse cenário de instabilidade, as vendas de cimento apresentaram queda acumulada de 2,2% nos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2021, totalizando 25,6 milhões de toneladas comercializadas.

O volume de vendas por dia útil teve uma retração de 4,7% em relação ao mês de abril. No acumulado do ano (jan-mai), seguindo a tendência dos números absolutos, o desempenho é de queda de 3,1%. Segundo o Snic, em um ano de incertezas no cenário político e econômico, nacional e internacional, os consumidores também seguem cautelosos. 

O índice de confiança do consumidor caiu 3,1 pontos em maio, principalmente na população de baixa renda. Apesar da melhora da pandemia e dos incentivos para aliviar a pressão financeira das famílias, a inflação e a dificuldade de obter emprego impactaram negativamente a população.

Já o indicador de confiança da construção recuou 1,3 ponto em maio, corrigindo o otimismo do mês anterior. Apesar dessa queda, o setor acredita que 2022 ainda é mais favorável que 2021. O aumento do emprego com carteira no setor reflete o ciclo de negócios de 2020 e 2021.

"Para minimizar os efeitos do conflito, o uso de combustíveis alternativos nunca foi tão necessário. Nesse sentido, o setor cimenteiro tem investido e ampliado fortemente o uso de tecnologias como o coprocessamento de combustíveis alternativos, para substituição do coque de petróleo, matéria prima essencial na geração de energia no processo produtivo", diz Paulo Camillo Penna, presidente do Snic.

www.snic.org.br

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