O resultado é diferente de 2021, quando houve um crescimento de 8,1%
A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou, na última quinta-feira, 12, a nova edição da sua pesquisa Índice, estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) sobre as vendas de materiais de construção em todo o país.
A pesquisa mostra uma queda acumulada de 7% em 2022, diferente de 2021, quando houve uma efetiva recuperação para o setor, com crescimento de 8,1%. Apenas em dezembro de 2022, o movimento da indústria caiu 1,9% na comparação com o mês anterior. Já na comparação com o mesmo mês de 2021, o indicado expõe uma retração de 8,7%.
Com esse resultado, o faturamento deflacionado dos materiais básicos diminuiu em 6,9%, enquanto os de acabamento apresentaram retração de 7,4%, ambos no acumulado de 2022. Segundo Rodrigo Navarro, presidente da entidade, as seguidas quedas no faturamento apresentam um sinal de alerta para o setor, mas todo o contexto precisa ser analisado.
“São inúmeros fatores que levaram nosso setor a sofrer com quedas constantes e significativas. Podemos citar o elevado endividamento das famílias em um contexto de orçamento doméstico mais disputado com gastos com alimentação, o que tem deprimido a demanda por materiais", destaca.
“A taxa de juros em patamar ainda elevado (13,75%) e a inflação de 2022 que fechou em 5,79% (IPCA). Outro fator é a indefinição a respeito das políticas fiscais e econômicas a serem desenvolvidas pelo próximo Governo Federal. De todo modo, as projeções da FGV indicam crescimento de 2% em 2023”, conclui Rodrigo.
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