Com crescimento de 11,8%, setor mantém o desempenho favorável do ano
As vendas de cimento em fevereiro deste ano chegaram a 4,7 milhões de toneladas, um crescimento de 14% em relação ao mesmo mês de 2020, conforme informação do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic).
Com esse resultado, o setor mantém o desempenho favorável desde o início do ano, acumulando um crescimento de 11,8% se comparado com a baixíssima base registrada no mesmo período do ano passado em razão das fortes chuvas. Outro fator importante foi a venda por dia útil, um indicador que considera o número de dias trabalhados que tem forte influência no consumo de cimento.
Mas, como este ano a maioria dos estados não teve feriados do Carnaval, mas outros suspenderam as atividades nos dias da festa, verificou-se um desalinhamento em relação aos dias úteis. Ainda assim, a comercialização foi de 234,1 mil toneladas, aumento de 5,4% na comparação com o mês anterior; e de 16,4% em relação a fevereiro de 2020.
Os principais indutores desse crescimento em fevereiro foram a manutenção das obras imobiliárias e a autoconstrução que ainda desempenha um papel relevante nas vendas de cimento, além das condições climáticas favoráveis. Se o cenário continuar, espera-se a continuidade dos resultados positivos do setor até maio, quando se iniciou a recuperação do setor em 2020. Já a partir de junho, o desafio será superar a boa performance obtida no segundo semestre do ano passado.
O Snic destaca que existe, hoje, uma realidade global e brasileira de uma significativa majoração nos preços das commodities afetando diretamente o setor cimenteiro. Além do efeito direto dos aumentos, o câmbio vem pressionando fortemente os custos não só do insumo, mas também da indústria em geral.
"A forte pressão no preço das commodities está afetando o mundo e no Brasil a situação se agrava em razão da acentuada desvalorização do real. Desta forma, a indústria nacional e do cimento, em particular, vêm enfrentando aumentos expressivos nos custos de produção. Mais do que nunca é fundamental acelerar a vacinação em massa e as reformas, principalmente, a tributária", diz Paulo Camillo Penna, presidente do sindicato.
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