Mesmo em cenário de pandemia, o segmento movimentou R$ 87,7 bi
Pesquisa setorial realizada pelo instituto Iemi - Inteligência de Mercado mostra que as vendas de varejo no segmento de casa, decoração, presentes e utilidades domésticas no Brasil tiveram uma alta de 4,65% em 2020, quando comparado a 2019. No ano passado, o setor movimentou R$ 87,7 bilhões, ante os R$ 83,8 bilhões do anterior.
Em relação ao mercado externo, o país exportou U$ 959 milhões no ano passado, contra U$ 994 milhões no ano anterior, uma redução de 3,52%. As importações também tiveram queda, com U$ 1,2 bilhão em 2020, cerca de 14% a menos que em 2018, quando o valor chegou a U$ 1,4 bilhão.
Ainda segundo o relatório, houve redução de 1,81% no número de pontos de venda do varejo (PDV), de 170,8 mil em 2019 para 167,7 mil em 2020. O documento também aponta diminuição no número de empregados no varejo: 14,9 mil vagas (ou 2,4%) a menos que 2019, caindo para 607,5 mil em 2020, sendo que 2019 eram 622,4 mil trabalhadores empregados.
Sobre o valor da produção do setor no ano passado, ele chegou a R$ 42,6 bilhões, ante os R$ 38,5 bilhões em 2019, o que representou um aumento de 10,6%. Em relação às unidades produtoras, cerca de 700 empresas foram fechadas em 2020, quando o número chegou a 20,1 mil. No ano anterior eram 20,8 mil.
Para o gerente de Marketing da ABCasa, Flávio Pignataro, o bom desempenho do varejo em 2020 está relacionado à mudança de comportamento do consumidor durante a pandemia. “Ficar mais tempo em casa fez com que as pessoas investissem mais em itens de decoração e utilidades domésticas. Além disso, com o trabalho remoto, houve um aumento considerável na compra de artigos para home office".
O executivo ressalta que o principal responsável pela queda na produção foi o aumento no preço dos insumos, que reduziu e em alguns casos inviabilizou a fabricação de muitos produtos. Porém, para 2021, as expectativas são muito boas, uma vez que mais de 145 milhões de vacinas já foram aplicadas no Brasil.
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