O acumulado no ano contou com um recuo de 2,4 pontos percentuais
Levantamento realizado pelo Sindicato Nacional da Indútria de Cimento (SNIC) mostra que o ritmo na comercialização de cimento no mercado brasileiro arrefeceu em julho, tendo como referência o mesmo mês do ano passado, e variou positivamente em 0,2%.
Segundo a entidade, com esse resultado, o acumulado no ano contou com um recuo de 2,4 pontos percentuais. No entanto, o desempenho em 2021 se mostra ainda bastante positivo, registrando um crescimento de 13,4%, com 37,5 milhões de toneladas de cimento vendidas.
Para Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, a principal preocupação da indústria cimenteira são os custos do setor. Ele explica que o coque, responsável pelas maiores despesas na fabricação, em 2020 aumentou 125% e em 2021 já acumula mais 60% de alta.
“Outros insumos como energia elétrica, frete, sacaria, gesso e refratários também vêm tendo forte incremento de preços. Mesmo com o bom desempenho das vendas, os reajustes dos insumos comprometem a sustentabilidade financeira do setor”, ressalta.
Ainda segundo o estudo, apesar da estabilidade nos resultados de julho, a indústria cimenteira revela otimismo e a projeção é que o consumo cresça em torno de 6% em 2021. Tal desempenho está condicionado à superação de obstáculos como as reformas estruturantes (administrativa e tributária), o impacto da elevação da taxa Selic e a retomada nos níveis de emprego e da massa salarial.
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