quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

CAGED: GERAÇÃO DE EMPREGOS NO VAREJO DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO DA GRANDE SÃO PAULO DESACELERA EM 2023

No ano todo, foram registradas 42.374 admissões e 40.827 desligamentos

O mercado de trabalho do varejo de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) teve 1.547 novos vínculos no ano passado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao todo, foram registradas 42.374 admissões e 40.827 desligamentos, considerando-se um total de 91.140 empregos ativos.

Mesmo positivo, o resultado é 42% menor que o registrado em 2022 (+2.663 vagas) e 80,6% inferior ao saldo de 2021 (+7.981 vagas). Na cidade de São Paulo, o setor encerrou o ano passado com um avanço de 383 postos de trabalho, um pouco mais da metade do resultado de 2022 e representando menos de 10% do saldo de 2021.

Somente em dezembro de 2023, o segmento perdeu 595 vagas formais, com o desempenho negativo sendo liderado pelos estabelecimentos que comercializam material de construção em geral (-366 vagas). Segundo o cadastro, a perda absoluta no mês, em verdade, foi sentida em praticamente todas as categorias acompanhadas.

Já na análise anual, apenas o varejo de vidros possuiu menos admissões do que desligamentos de funcionários, fechando o ano com menos quatro postos de trabalho. Por outro lado, em números absolutos, os destaques ficam para os estabelecimentos de ferragens e ferramentas (+616 vagas) e lojas de tintas e material para pintura (+317 vagas).

Para o economista Jaime Vasconcellos, consultor do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi), o balanço anual do mercado de trabalho do varejo de material de construção na RMSP não poderia ser diferente, quando analisado mês a mês. 

“Tivemos resultados mensais em sua maioria positivos, mas em menor ritmo que 2022 e bem inferiores aos registrados em 2021”, diz. Vasconcellos também explica que, naquele ano (2021), inclusive, o setor evoluiu muito pelo direcionamento de renda motivado pelas alterações de hábitos dos consumidores na pandemia do Novo Coronavírus e com o cenário de crédito mais barato e acessível.

Já o que aconteceu em 2022 e se fortaleceu no ano passado foi a desaceleração contínua do ritmo de crescimento do mercado de trabalho do setor. “A tendência para 2024 é de mais um ano com números positivos, mas de pequena amplitude, até porque os efeitos de juros mais baratos ainda demorarão a ser sentidos na economia real”, conclui. 

Com portal Sincomavi

Nenhum comentário:

Postar um comentário