quinta-feira, 8 de agosto de 2024

MOBLY COMPRA O CONTROLE DA TOK&STOK POR MEIO DE TROCA DE AÇÕES

O acordo ocorre em paralelo ao protocolo de reestruturação extrajudicial

O site de Negócios Pipeline, do Valor Econômico, anunciou nesta sexta-feira, 09, que, depois de dois anos de negociações, a Mobly e os controladores da Tok&Stok chegaram a um acordo para a fusão de suas operações. A transação foi assinada no início do dia, quando também foi protocolado um plano de recuperação extrajudicial da dívida da Tok&Stok.

A companhia passa a somar 70 lojas e uma receita anual de R$ 1,6 bilhão, tornando-se uma das maiores redes varejistas especializadas em móveis no país, destaca Victor Noda, diretor presidente da Mobly. Listada no Novo Mercado da B3, essa empresa fará um aumento de capital para incorporar as ações detidas na Tok&Stok por fundos geridos pela SPX e que antes estavam nas mãos da gestora Carlyle. 

Pela transação, a Tok&Stok é avaliada em R$ 112 milhões, enquanto a Mobly vale em bolsa atualmente R$ 322 milhões. Ainda segundo o Pipeline, a relação de troca não foi feita com base na cotação. Enquanto em tela a ação da Mobly vale R$ 3,05, a transação considera um preço de exercício de R$ 4,00.

Assim, os atuais controladores da Tok&Stok vão ficar com 12% da nova Mobly e, com um bônus de subscrição de meia ação para cada papel, o que significa que poderão adicionar uma posição de mais 6% na empresa entre o segundo e o terceiro ano pós acordo, ao preço de exercício de R$ 9,00.

“É uma transação sem troca de caixa, sem preço de tela, em que a gente buscou atribuir valores às empresas conforme as mesmas variáveis, como múltiplo de margem, de receita, valor patrimonial”, diz Marcelo Marques, diretor financeiro da Mobly.

Uma debênture conversível detida pelo Carlyle contra a Tok&Stok, no montante de R$ 101 milhões, também pode ser convertida em ações da Mobly até o vencimento dos títulos, que acontece em 2034, também a R$ 9 por ação. A Mobly também tem o direito de pré-pagar essa dívida. A Mobly e a SPX já anteciparam a negociação com credores e, nos últimos quatro meses, conseguiram assegurar apoio da maioria na dívida bancária de R$ 364 milhões. 

Com portal Pipeline / Valor Econômico

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