quarta-feira, 1 de julho de 2020

JUNTOS SOMOS MAIS: PESQUISA INDICA QUE DOIS TERÇOS DOS VAREJISTAS DO SETOR JÁ FAZEM VENDAS REMOTAS

O estudo realizado pela plataforma aponta uma rápida adaptação do setor

A Juntos Somos Mais divulgou uma pesquisa com o objetivo de aprofundar e entender ainda mais o cenário brasileiro em relação ao setor da construção civil. O estudo apontou que 86,3% dos proprietários de lojas de materiais de construção em todo o país acreditam que vão passar pela crise atual com algum impacto, mas sem problemas maiores.


Para isso, foram ouvidos 1.456 proprietários de todas as regiões brasileiras entre os dias 12 e 16 de junho para entender o funcionamento das lojas de materiais de construção civil ao longo das diferentes localidades brasileiras durante a pandemia do Novo Coronavírus. Vale destacar que o setor foi considerado essencial em diversas regiões do país.

Por conta disso, poucas lojas estavam totalmente fechadas em maio (4,5%). Já no mês de junho, com a flexibilização do isolamento social em várias regiões do Brasil, o número caiu (1,2%). Entretanto, o maior destaque vai para a quantidade de lojas totalmente abertas, isto é, sem restrição de horário de atendimento (+19,3 p.p em junho x maio) .

Em maio, as lojas totalmente abertas representavam 56,0% enquanto as lojas abertas com redução de horário era de 39,5%. Já em junho, as lojas em pleno funcionamento passaram para 75,3% e as com horário reduzido para 23,5%. Apesar de a maior parte das lojas estarem abertas e funcionando normalmente, a maioria está realizando controle de acesso: cerca de 79,2%.

Mesmo com a maior abertura das lojas, houve um incremento nos diferentes formatos que o varejista encontrou para para vender durante a crise. Em maio, 43.6% das lojas possibilitaram a compra remota com entrega. Em junho, esse número saltou para 60,6%. A compra remota com retirada na loja era oferecida apenas em 11,9% das lojas em maio e foi a 30,9% em junho.

Assim, o telefone, e principalmente o WhatsApp, ganharam relevância quando comparado com o período pré-pandemia. Antes, o principal canal de vendas em 90% das lojas era o presencial, seguido por 4,8% do telefone e 3,8% do WhatsApp. Após a pandemia, a venda direto ao cliente caiu para 60,4%. O WhatsApp assumiu o segundo lugar com 20,3% e o telefone aumentou para 17,0%.

Em relação ao futuro da loja, foi percebido um forte crescimento no número de proprietários (86,3%) que não veem forte impacto no negócio: cerca de 43,1% acreditam que vão atravessar a crise com problemas graves, 43,2% acredita que sofrerá algum impacto, mas sem maiores problemas.

Quando perguntados sobre o impacto da pandemia no faturamento de 2020, 60,6% enxergam que não haverá impacto, um crescimento de quase 40 pontos percentuais na comparação com a pesquisa de maio. O maior crescimento da percepção de otimismo está no Nordeste, com um salto de 45,7 pontos percentuais na proporção de proprietários que preveem 2020 sem impactos.

A projeção positiva por parte dos proprietários de lojas de materiais de construção é refletida também na quantidade de varejistas que apontaram não ter precisado tomar crédito até o momento. A pesquisa aponta que 61,5% dos lojistas não precisaram de auxílio de crédito.

Entretanto, dos 38,5% restantes, apenas 39,0% deles conseguiram captar nas condições que precisavam; 20,9% captaram em condições desfavoráveis, 30,5% desistiram por conta de condições não aceitáveis e 9,6% tiveram sua solicitação reprovada.

"A construção civil passou cinco anos com decréscimo do PIB e o varejo aprendeu a viver na crise, tornando-o mais preparado para enfrentar esse momento. Há muita resiliência e criatividade no setor, mas há muito ainda o que fazer, especialmente na digitalização do varejo", comenta Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais.

www.juntosomosmais.com.br

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