Estudo se baseou em comentários de clientes das 300 maiores varejistas
A Inroots, agência de publicidade e marketing especializada em empresas de varejo, realizou pesquisa de percepção do consumidor sobre a Black Friday. A análise se baseou em mais de 50 mil comentários efetuados em plataformas digitais e relacionados às 300 maiores empresas varejistas do país.
O levantamento mostra que há uma impressão cristalizada de que a campanha desse ano não atendeu às expectativas. Por conta disso, a satisfação geral do consumidor ficou em 63,1% no período, percentual menor em comparação ao mês de novembro completo, quando o sentimento positivo dos clientes do setor foi de 81,1%.
O segmento com o pior desempenho foi o de alimentação, enquanto óticas, jóias, bijoux, bolsas e acessórios obtiveram a melhor avaliação. Em Minas Gerais estão os consumidores mais satisfeitos com as compras de Black Friday e, em Goiás, os que mais se frustraram. O principal tema das respostas foi o preço, com 42% dos comentários.
Atendimento (21%), Estrutura (19%) e Produto (18%) também mobilizaram o consumidor. “Ficou claro que o consumidor entende cada vez mais a importância de monitorar e acompanhar a flutuação dos valores dos produtos que deseja”, destaca Ricardo Pomeranz, sócio-diretor da agência.
Esse comportamento também colabora para acentuar uma percepção mais antiga: a desconfiança. Depoimentos como “a metade do dobro” se juntam a muitos outros sobre a falta de mercadorias, problemas no atendimento das lojas físicas, nos cupons de aplicativos e também em códigos de desconto.
Outra tendência é que muitos consumidores fizeram várias de suas compras antes da sexta-feira, 27 de novembro, o que também refletiu nos números finais de vendas para a data. “Em tempos de distanciamento, quem saiu de casa valorizou a estrutura física das lojas. Clientes mostraram-se mais preocupados com filas e optaram por espaços mais amplos e bem ventilados”, conclui Pomeranz.
Com portal Varejo Brasil
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