quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

SNIC ANUNCIA QUE AS VENDAS DE CIMENTO ACUMULADAS NO ANO FORAM IMPACTADAS PELA INFLAÇÃO

Menor confiança reflete uma pior percepção sobre a situação econômica

O Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic) informou que o volume de vendas de cimento em novembro passado totalizou 5,4 milhões de toneladas, um crescimento de 1,8% em relação ao mesmo mês de 2020. No acumulado do ano (janeiro a novembro), os números também foram positivos, alcançando 60 milhões de toneladas, um aumento de 7% frente ao mesmo período do ano passado.

O resultado mostra que o crescimento na variação acumulada no ano vem diminuindo a cada mês. Em abril tínhamos uma alta de 20,8%, o que indica que até novembro houve uma queda de 34% no acumulado do ano.

Segundo Snic, o esgotamento da poupança e das reservas pessoais, somadas às quedas dos índices de confiança do consumidor, do empresariado e o endividamento das famílias de baixa renda (perto de 60% da renda média anual) foram causas objetivas desse resultado. 

A forte chuva dos últimos meses e o fraco desempenho das lojas de materiais de construção também afetaram a industria de modo significativo. A região Nordeste, onde se registrou um bom desempenho no primeiro semestre, principalmente devido ao auxílio emergencial, foi diretamente impactada apresentando no mês passado uma queda de 4,2%. 

O relatório do sindicato também destaca que a expectativa é de que haja uma retomada do consumo de cimento com o retorno da ajuda financeira, agora por meio do Auxílio Brasil. Nesta região, 44% da população vive com menos de R$ 420 por mês e em função desse cenário de retração da economia seu poder de compra caiu drasticamente.

“A confiança dos consumidores voltou a recuar em novembro, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), reflexo da pior percepção sobre a situação econômica. A combinação de renda menor e inflação maior é maléfica para a população, que sofre com o endividamento, passando a focar suas despesas em bens essenciais como alimentação e vestuário, sobrando menos recursos para outras despesas como a construção ou reforma de casa”, diz Paulo Camillo Penna, presidente do Snic .

www.snic.org.br

Com portal Último Instante

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