quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

VENDAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CONTINUAM EM DESACELERAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Em outubro, recuo foi de 15,7% em comparação com o mesmo mês de 2020

Dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o volume de vendas do comércio de materiais de construção apresentou nova retração de vendas na comparação interanual. 

Em outubro, no estado de São Paulo, o recuo foi de 15,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado, a quarta queda seguida e a primeira vez que o desempenho negativo nas vendas da economia paulista foi mais acentuado que no âmbito nacional (-13,7%) para este período recente.

O desempenho acumulado no ano e nos doze meses até o mês de outubro mostra que há continuidade na desaceleração do segmento. No mesmo estado, o volume de vendas no comércio de materiais de construção avançou 8,1% em relação ao período janeiro-outubro de 2020 e cresce 10,6% no acumulado entre novembro de 2020 a outubro de 2021. Em setembro os percentuais eram, 11,5% e 15,0%, respectivamente.

“Ainda que em 2021 o segmento de materiais de construção possua o terceiro melhor desempenho em volume de vendas no estado de São Paulo, dentre as atividades que compõem o setor comercial, e em 12 meses esteja com o segundo melhor resultado, o que se nota desde julho é um processo de desaceleração deste segmento em relação ao mesmo período do ano passado”, avalia o economista Jaime Vasconcellos.

Na opinião de Vasconcellos, que é consultor do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi), essa desaceleração torna-se cada vez mais acentuada, dado que ao mesmo tempo que no segundo semestre de 2020 houve forte recuperação das vendas.

Para ele, a realidade atual é de queda do consumo frente a uma alta e persistente da inflação – seja de mercadorias do setor e em geral da economia brasileira. Soma-se a isso a união entre custo de crédito mais elevado e avanço do endividamento das famílias. “Em setembro, alertamos que a magnitude desta acomodação do setor condicionaria o nível de preocupação que o Sincomavi teria com o desempenho de vendas das atividades empresariais sob sua representação”, ressalta. 

www.sincomavi.org.br

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