quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

REDE GAÚCHA QUERO-QUERO PLANEJA IR À BOLSA DE VALORES NO INÍCIO DE 2018

Com 270 lojas na região Sul do país, a empresa fatura R$ 1,1 bilhão

A rede gaúcha de varejo Quero-Quero, que comercializa materiais para construção e também móveis e eletrodomésticos, deve estrear na bolsa de valores já no primeiro trimestre de 2018. Itaú BBA, Merrill Lynch e BTG foram contratados para coordenar o IPO (Initial Public Offering ou Oferta Pública Inicial).


A operação vai ser a porta de saída para o fundo americano de private equity Advent International, que comprou o controle da companhia no fim de 2008. A oferta deve ser integralmente secundária, sem levantar recursos para o caixa da empresa, e a fatia que será vendida ainda não foi definida.

Com 270 lojas na região Sul, a maioria no Rio Grande do Sul, a Quero-Quero fatura R$ 1,1 bilhão. Ao contrário das grandes redes, a empresa atua num modelo de unidades menores. em cidades de pequeno e médio portes, com foco nas classes C e D. Até 2009, a sede da companhia ficava na pequena Santo Cristo, de apenas 14 mil habitantes.

A mudança para Cachoeirinha, próxima a Porto Alegre, aconteceu apenas após a entrada do Advent. Quando entrou no negócio, o fundo tinha metas agressivas, com um plano de ampliar o número de lojas de 170 para 400 até o fim de 2013, com abertura orgânica de unidades e a compra de redes dentro e fora da região Sul.

Mas o Brasil piorou muito, e a crise atingiu em cheio o mercado de construção. O ritmo de abertura de lojas foi menor do que o esperado, e a companhia acabou comprando apenas pequenos concorrentes regionais. A receita, no entanto, cresce a taxas “expressivas”, segundo fontes próximas à companhia.

Desde 2010, a Quero-Quero é liderada por Peter Furakawa, que comandou a International Meal Company (IMC), investida da Advent e dona das redes Viena e Frango Assado, antes do IPO. Depois de dois anos de queda, o varejo de materiais de construção voltou a crescer em 2017, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).

A oferta de ações da rede gaúcha vai testar o apetite do mercado pelo segmento, que não tem representantes listados em bolsa no Brasil. A BR Home Centers, fusão entre a Casa Show e a TendTudo, é outra empresa do segmento que aguarda uma oportunidade para abrir seu capital.

Vale destacar que o segmento é bastante pulverizado e movimenta cerca de US$ 26 bilhões por ano. Os cinco maiores concorrentes têm 17% do mercado, sendo que a líder é a Leroy Merlin. Há pouco mais de um ano, a Telhanorte, segunda maior empresa do ramo no Brasil, controlada pelo grupo francês Saint-Gobain, comprou a rede Tumelero, também focada no mercado gaúcho.

Com Correio Braziliense

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