quinta-feira, 26 de julho de 2018

VAREJO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO PERDE 490 VAGAS EM JUNHO

No total, foram registradas 1.903 admissões e 2.393 desligamentos

Pelo segundo mês consecutivo, o mercado de trabalho formal do comércio varejista de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) sofreu com a redução de postos de trabalho. Depois de contabilizar resultado negativo em maio de 383 vagas, o setor contou com um novo recuo em junho, de 490 empregos.


Foram registradas no mês passado 1.903 admissões e 2.393 desligamentos. O economista Jaime Vasconcellos, do departamento de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi), ressalta que, no histórico dos resultados dos primeiros semestres, em apenas três anos houve mais desligamentos que admissões: 2015, 2016 e 2018. “Neste último caso, foram 675 vagas a menos. Em 2017 havia sido computado saldo positivo de 158 novos vínculos empregatícios”.

Em junho, o saldo negativo cresceu por ação do varejo de ferragens, madeira e materiais de construção (431 vagas). No ano, de janeiro a junho, o cenário também se mostrou bastante similar. Já em doze meses são menos 1.107 vagas no total. Somente o varejo de ferragens, madeira e materiais de construção contou com saldo negativo de 1.031 vínculos celetistas.

Foram 873 empregos a menos apenas nos dois últimos meses. Tal desempenho contaminou o resultado semestral e retirou o setor de uma estabilidade recém conquistada. “Após uma estabilidade no primeiro trimestre, e de um bom resultado em abril, o mercado de trabalho do varejo de material de construção da RMSP voltou a mostrar dificuldades”, comenta Jaime.

“Justifica-se esses números negativos pelo aumento das incertezas no mercado, trazidas pontualmente, mas de forma significativa, pela greve dos caminhoneiros, bem como pela frustração dos agentes com um ritmo menos acelerado da reação econômica brasileira, dólar elevado e do confuso ambiente político pré-eleitoral”, concluiu.

Inflação da ConstruçãoInflação da Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou 0,72% em julho. O índice ficou abaixo do resultado de junho: 0,76%. De acordo com a FGV, o INCC-M acumula taxas de inflação de 2,75% no ano e de 3,93% em 12 meses.

Segundo o levantamento, o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços teve variação de 0,97%, acima da taxa de junho (0,62%). Já o índice referente à mão de obra registrou uma inflação de 0,51% em julho, abaixo do 0,88% de junho.

Com portal Sincomavi e Agência Brasil

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