terça-feira, 16 de outubro de 2018

COMÉRCIO VAREJISTA DE TINTAS, VIDROS, FERRAGENS, MADEIRA E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO AINDA DEMITE MAIS DO QUE CONTRATA EM AGOSTO

Foram cortados 93 postos, sendo 2.262 contratações e 2.355 demissões

O mercado de trabalho formal do comércio varejista de tintas, vidros, ferragens, madeira e materiais de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) prossegue desligando mais que admitindo trabalhadores. Em agosto, foram cortados 93 postos, resultado de 2.262 contratações e 2.355 demissões.


Os dados são do estudo realizado pelo Departamento de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi), a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O economista Jaime Vasconcellos ressalta que esse é o quarto mês seguido que ocorre saldo negativo nas atividades avaliadas pelo Sincomavi. “Já na comparação interanual houve agravamento do cenário, pois no oitavo mês de 2017 foram criados 296 empregos”, aponta.

Em agosto, o saldo negativo geral foi puxado pelo varejo de ferragens, madeira e materiais de construção (-80 vagas). No acumulado dos oito primeiros meses do ano o quadro se mostrou muito parecido. “Em doze meses são 1.654 vagas a menos no total. Somente o varejo de ferragens, madeira e materiais de construção contou com um saldo negativo de 1.489 vínculos celetistas”. alerta.

Para Jaime, por mais que a perda de vagas no varejo de tintas, vidros e materiais de construção da RMSP tenha ficado mais arrefecida em relação a junho e julho, a nova queda mostra um período ainda preocupante com relação ao mercado de trabalho com carteira assinada. Metade da perda de vagas dos últimos doze meses ocorreu no último trimestre.

“Sem dúvidas, o impacto conjuntural da greve dos caminhoneiros persiste, mas existe um sentimento de frustração em relação ao crescimento econômico em geral, pois há incerteza do período eleitoral, queda mais lenta do desemprego e evolução muito aquém do esperado no consumo”. Em sua opinião, a tendência é de continuidade deste período cauteloso.

Com portal Sincomavi

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