quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

VENDAS DE CIMENTO CRESCEM 6,6% EM 2021 SOBRE O ANO ANTERIOR

Setor volta a patamar de comercialização registrado em dezembro de 2015 

As vendas de cimento no Brasil em dezembro somaram 4,8 milhões de toneladas, um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo mês de 2020, conforme informação divulgada na terça-feira, 11, pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic).

Segundo a entidade, se analisada a venda do insumo por dia útil, onde é considerado o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo, o volume em dezembro foi de 205,5 mil toneladas, o que representa uma queda de 15,6% na comparação com o mês anterior.

Esse resultado mostra que o setor termina 2021 com um total de 64,7 milhões de toneladas de cimento vendidas, um aumento de 6,6% sobre o ano anterior, e volta ao patamar de comercialização de dezembro de 2015. 

Os principais indutores do crescimento da atividade foram a continuidade das construções e reformas através da autoconstrução, as obras imobiliárias e uma incipiente retomada de obras de infraestrutura. Se em 2020 a região que mais cresceu foi a Nordeste, impulsionada principalmente pelo auxílio emergencial, em 2021 essa foi aquela com o pior desempenho.

A redução do auxílio, tanto em valor quanto em abrangência, impactou diretamente esse resultado. Já o destaque positivo foi a região Sul, que teve o maior crescimento, e onde houve uma movimentação em construções de infraestrutura. Vale destacar que com a reabertura da economia, a renda da população foi redirecionada para outros gastos, diminuindo a alocação em construção e reformas. 

“Fatores que estiveram por trás do excepcional desempenho em 2020 começaram a enfraquecer em 2021. A excelente performance do varejo em 2020, com foco em reformas e construções realizadas pelo autoconstrutor perderam folego em 2021", ressalta Paulo Camillo Penna, presidente do Snic.

"O elevado nível de desemprego, a diminuição da renda, o aumento expressivo da inflação, da taxa de juros e o alto endividamento das famílias foram as principais razões para o arrefecimento do consumo de cimento, culminando no crescimento de 6,4% em 2021”, conclui.

www.snic.org.br

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