quinta-feira, 14 de julho de 2022

VENDAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO RECUA 10,3% EM MAIO SOBRE O MESMO MÊS DE 2021

Este é o pior desempenho na comparação interanual desde outubro de 2021

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que o volume de vendas do comércio de materiais de construção no estado de São Paulo apresentou, em maio, um recuo de 10,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. 

Trata-se do pior desempenho na comparação interanual (maio/2022 x maio/2021) desde outubro de 2021 (-15,3%). O resultado também é mais significativo do que o registrado em abril, quando a queda foi de 7,5%. Já no âmbito nacional, o resultado negativo de maio foi de 7,7%, mais ameno que os -9,9% do mês anterior. 

Assim, com a queda significativa observada em maio, no acumulado do ano o volume de vendas de materiais de construção está negativo em 5,5%, igualmente ao período de doze meses. “Inclusive, neste último caso, temos o pior resultado desde fevereiro de 2017, quando a taxa de doze meses estava em -7,5%”, observa o economista Jaime Vasconcellos.

“Não é de agora que temos alertado que o volume de vendas de materiais de construção passaria em 2022 por um processo de reequilíbrio pós grande avanço visto entre julho de 2020 a meados de 2021”, ressalta Vasconcellos, que é consultor do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi). 

Ainda segundo ele, os números de 2022, e especialmente maio, mostram tal realidade. “Seria algo natural, primeiro por estarmos contrapondo o atual período contra uma base muito forte; segundo em razão da conjuntura do momento - juros, inflação, endividamento e inadimplência - mais difícil ao consumo das famílias e de investimentos às empresas”, conclui.

Com portal Sincomavi

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