O estabelecimento decidiu suspender iniciativa já após nota da Anvisa
A prefeitura de Porto Alegre notificou, na última semana, cinco estebelecimentos comerciais para que desativassem as cabines de desinfecção de pessoas. Entre eles estão a loja Leroy Merlin, na zona Norte da capital gaúcha, que na verdade já havia desmontado o equipamento. Em caso de utilização do equipamento os locais serão multados e poderão, inclusive, ser interditados.
Segundo o gerente da unidade de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, Marcelo Páscoa, a prefeitura cumpriu um pedido da Agância Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério Público. Além de suspender o uso, os estabelecimentos devem apresentar laudos comprobatórios da eficácia dos produtos usados e que garantam que não há risco para humanos.
A nota técnica de número 51, da Anvisa, diz que o equipamento tem sido usado em diferentes locais, com dispersão de variados produtos químicos sobre as pessoas por cerca de 20 a 30 segundos. No entanto, segundo o órgão, dentre os produtos testados, não existe atualmente nenhum aprovado para “desinfecção de pessoas”.
Ainda segundo a Anvisa, não há recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), nem de instituições dos Estados Unidos ou da Europa sobre o uso de câmaras ou túneis de desinfecção. Além de a prática não ter eficácia garantida, a Anvisa alerta que não causaria inativação do vírus dentro do corpo.
Conforme o órgão, há ainda o risco de expor a pele a produtos químicos, gerando 'fragilidade que pode resultar em rachaduras e lesões, favorecendo a penetração de microrganismos no corpo. "Pode causar também uma falsa sensação de segurança. As pessoas passam nessas cabines, acham que estão higienizadas e relaxam nas outras questões", alerta Páscoa.
A posição da Leroy Merlin
Sobre a medida, o diretor de desenvolvimento do projeto da cabine, Diego Duran, ressaltou que o equipamento possui todas as comprovações necessárias de que não agride as pessoas e está adequado à necessidade. Porém, após a publicação da nota técnica da Anvisa, a empresa decidiu suspender o uso depois de uma semana, antes ainda da notificação da prefeitura.
"Como a Anvisa ainda não possui um ambiente de registro para isso, porque é algo novo, ela ainda não preparou a estrutura para avaliar a eficiência. Então achamos prudente interromper o uso para evitar transtornos. Vamos entrar com um protocolo na Anvisa mostrando que o produto funciona", disse Duran.
www.leroymerlin.com.br
A prefeitura de Porto Alegre notificou, na última semana, cinco estebelecimentos comerciais para que desativassem as cabines de desinfecção de pessoas. Entre eles estão a loja Leroy Merlin, na zona Norte da capital gaúcha, que na verdade já havia desmontado o equipamento. Em caso de utilização do equipamento os locais serão multados e poderão, inclusive, ser interditados.
foto Secretaria Municipal de Saúde - Porto Alegre (RS)
Segundo o gerente da unidade de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, Marcelo Páscoa, a prefeitura cumpriu um pedido da Agância Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério Público. Além de suspender o uso, os estabelecimentos devem apresentar laudos comprobatórios da eficácia dos produtos usados e que garantam que não há risco para humanos.
A nota técnica de número 51, da Anvisa, diz que o equipamento tem sido usado em diferentes locais, com dispersão de variados produtos químicos sobre as pessoas por cerca de 20 a 30 segundos. No entanto, segundo o órgão, dentre os produtos testados, não existe atualmente nenhum aprovado para “desinfecção de pessoas”.
Ainda segundo a Anvisa, não há recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), nem de instituições dos Estados Unidos ou da Europa sobre o uso de câmaras ou túneis de desinfecção. Além de a prática não ter eficácia garantida, a Anvisa alerta que não causaria inativação do vírus dentro do corpo.
Conforme o órgão, há ainda o risco de expor a pele a produtos químicos, gerando 'fragilidade que pode resultar em rachaduras e lesões, favorecendo a penetração de microrganismos no corpo. "Pode causar também uma falsa sensação de segurança. As pessoas passam nessas cabines, acham que estão higienizadas e relaxam nas outras questões", alerta Páscoa.
A posição da Leroy Merlin
Sobre a medida, o diretor de desenvolvimento do projeto da cabine, Diego Duran, ressaltou que o equipamento possui todas as comprovações necessárias de que não agride as pessoas e está adequado à necessidade. Porém, após a publicação da nota técnica da Anvisa, a empresa decidiu suspender o uso depois de uma semana, antes ainda da notificação da prefeitura.
"Como a Anvisa ainda não possui um ambiente de registro para isso, porque é algo novo, ela ainda não preparou a estrutura para avaliar a eficiência. Então achamos prudente interromper o uso para evitar transtornos. Vamos entrar com um protocolo na Anvisa mostrando que o produto funciona", disse Duran.
www.leroymerlin.com.br
Com informações do portal Gaúcha ZH
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