O resultado revelou queda de 1,6% em relação ao mesmo mês de 2020
As vendas de cimento em setembro seguiram em curva de desaceleração, conforme informação divulgada nesta quinta-feira, 07, pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic). A leve melhora na demanda do insumo pelas obras de infraestrutura, continuidade das obras e vendas imobiliárias são as principais razões e vetores de consumo do produto.
O volume de vendas de cimento em setembro totalizou 5,7 milhões de toneladas, uma queda de 1,6% em relação ao mesmo mês de 2020. O acumulado do ano (janeiro a setembro) registrou um total de 49,2 milhões de toneladas vendidas, aumento de 9,7% comparado ao mesmo período do ano passado.
O desempenho da indústria até agora registrou uma perde de 1,7 p.p em relação a agosto, reduzindo ganhos de 11,4% para 9,7%, o que representou uma queda de 14,9%. Ao se analisar a venda de cimento por dia útil em setembro, 247,7 mil toneladas, houve crescimento de 1,4% sobre agosto deste ano e queda de 2% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Segundo o Snic, os principais indicadores de vendas de materiais de construção, particularmente do cimento, continuam desacelerando em virtude da menor renda da população e crescente endividamento das famílias - atingindo 59,9%, o maior valor de toda a série histórica iniciada em 2005 -, alto nível de desemprego, diminuição do auxílio emergencial e elevação das taxas de juros e da inflação.
"O aumento dos lançamentos imobiliários sustenta o desempenho do setor de cimento, mas impõe cautela para o futuro. É fundamental que haja geração de renda e emprego para manter o fôlego da autoconstrução, continuidade dos lançamentos imobiliários e manutenção ritmo de obras para permanecermos com um alto nível de vendas de cimento", diz Paulo Camillo Penna, presidente da entidade.
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