quinta-feira, 2 de maio de 2019

TERMÔMETRO ABRAMAT MOSTRA PESSIMISMO DO SETOR EM RELAÇÃO ÀS AÇÕES GOVERNAMENTAS

Para 33% das associadas, índice em março foi “bom” ou “muito bom

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou, no último dia 29, a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção. A análise aborda o faturamento da indústria, em março, e a projeção do setor de resultado “bom”, em abril.


Segundo a entidade, a sequência de resultados com pouca variação positiva, somada à dificuldade na aprovação das reformas estruturais, e ao potencial bloqueio dos repasses ao Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) pela Caixa Econômica em junho, fizeram surgir o pessimismo no setor em relação às ações governamentais, algo não observado desde outubro de 2018.

Pesquisa conduzida entre os membros da associção, o Termômetro aponta que 25% das empresas respondentes manifestaram uma expectativa negativa sobre as ações governamentais, somadas a 63% que vêem tais ações com indiferença. Somente 12% das empresas ainda demonstraram otimismo com as ações do  governo federal para os próximos meses.

Quando analisado o faturamento das empresas, o estudo apontou que para 33% das associadas o resultado em março foi “bom” ou “muito bom”. A expectativa sobre o mês de abril, cujo resultado será repercutido na próxima edição do índice da Abramat, se mantém ligeiramente otimista. 54% das associadas esperam resultado “bom”, enquanto apenas 4% responderam projetar faturamento “ruim”, com as demais empresas prevendo desempenho “regular”.

O termômetro da Abramat também aponta que 83% de suas associadas pretendem investir em sua linha de produção (modernização ou expansão) nos próximos 12 meses, a primeira vez que tal resposta atinge o patamar dos 80% desde setembro de 2012.

“A Abramat reconhece as iniciativas do novo governo em buscar identificar as diferentes demandas para a recuperação econômica do país, mas o resultado dessa edição do termômetro traz um indicador importante. A celeridade na resolução de questões que acabam sendo gargalos produtivos para a indústria é fundamental; isso não ocorrendo, é natural uma mudança gradual na expectativa”, afirma Rodrigo Navarro, presidente da entidade.

www.abramat.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário