quinta-feira, 17 de junho de 2021

MATERIAL HIDRÁULICO LIDERA ALTA DE PREÇOS DO SETOR NO BRASIL E NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

O avanço referente aos preços médios deste subitem está em +36,3%

Dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-IBGE) mostram que, dentre os subitens do grupo de “Reparos” do indicador, os materiais hidráulicos lideram a alta de preços nos últimos doze meses, de junho de 2020 e maio de 2021, no país e na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), um período de franca recuperação da indústria e do varejo de materiais de construção em geral. 

Em âmbito nacional, o avanço dos preços médios deste subitem está em +36,3%. Já na RMSP há um crescimento de 40,2%. Chama a atenção, o avanço médio dos preços de tijolos (+27,7), revestimento de piso e parede (+23%), ferragens (+19,5%) e cimento (+17,7%). Na mesma região, observa-se avanços relevantes dos preços aos consumidores no grupo de revestimentos (+17,5%) e nas tintas (+10,7%).

No Estado de São Paulo, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) de maio mostra que o custo médio do m² do projeto habitacional está em R$1.460,18, avanço de 16,2% em relação ao registrado em junho de 2020. O indicador é composto pela soma do custo médio com mão de obra e materiais de construção. 

Para o economista Jaime Vasconcellos, consultor do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sncomavi), os números apresentados, seja no IPCA ou do INCC, são de pleno conhecimento de quem está no dia a dia do setor varejista de materiais de construção, empresários, profissionais de vendas e consumidores.

 “Realmente houve grande crescimento do preço de produtos do setor. Uma inflação que normalmente é mais fácil de ser medida no consumo final, ainda mais num cenário de demanda mais aquecida que a oferta, porém que impacta não apenas o varejo, pois está distribuída pela indústria, na distribuição, até chegar no estabelecimento de venda final”, diz.

Em sua opinião, neste cenário de demanda aquecida e de uma produção impactada pela pandemia do Novo Coronavírus, principalmente em 2020, quanto maior a dificuldade de reposição de mercadorias, mais caro fica o produto ao fim da cadeia, ainda mais se a matéria-prima for proveniente do mercado internacional, sujeita a oscilações do dólar e desafios de transporte. 

Com portal Sincomavi

Nenhum comentário:

Postar um comentário