terça-feira, 8 de junho de 2021

FECOMERCIOSP: SETORES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E DECORAÇÃO AUMENTARAM O FATURAMENTO E A PARTICIPAÇÃO NO VAREJO

A pandemia afetou sazonalidade de meses tradicionais para o comércio

Um estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que as diversas restrições sobre atividades varejistas consideradas “não essenciais”, bem como as limitações de horário de funcionamento e de circulação de pessoas, geraram mudanças nos padrões mensais e sazonais do varejo paulista em 2020.

Segundo o levantamento, essa situação anulou os efeitos de datas comemorativas importantes para alguns segmentos, aumentaram a relevância de alguns setores no faturamento total do comércio (reduzindo as participações de outros) e deram relevância a meses que, historicamente, não produziam efeitos nas vendas de forma significativa.

As lojas de materiais de construção e as de móveis e decoração foram as que obtiveram maior ganho de espaço em 2020. O primeiro segmento ampliou em 20% sua fatia no total do varejo paulista, agregando em torno de R$ 17,6 bilhões no faturamento anual. Já as outras lojas conseguiram agregar quase R$ 2,9 bilhões a mais nas vendas anuais, elevando em 13,5% sua participação no varejo.

Ao longo de seis meses em 2020, o segmento de materiais de construção registrou taxas de participação de vendas superiores a 9%, um porcentual alcançado apenas em outubro nos anos anteriores, de 2015 a 2019). Para o setor de móveis e decoração, houve aumento de participação mensal de vendas em nove dos 12 meses de 2020.

O estudo da FecomercioSP mensurou o faturamento das principais atividades do varejo paulista nos últimos seis anos. O objetivo do levantamento é apurar os reflexos de possíveis mudanças na sazonalidade para distinguir 2020 (um ano atípico) do período 2015/2019, em que houve normalidade para o comércio. 

Ambos os setores foram beneficiados pelo isolamento social, que alavancou o home office e a maior permanência dos consumidores em suas casas, reduzindo despesas consideradas não essenciais (como turismo e lazer). 

Além disso, a forte expansão do mercado imobiliário, via crédito ampliado e acessível, também estimulou reformas e decorações domésticas. Também conseguiram atender, na plenitude, ao aumento de demanda, seja por estarem liberados de restrições de abertura, seja pela utilização intensiva do comércio eletrônico.

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