Há uma projeção de alta na venda do produto de cerca de 6% para 2021
O volume acumulado de vendas de cimento no primeiro semestre de 2021 foi 15,8% superior ao mesmo período de 2020, totalizando 31,5 milhões de toneladas, anuncia o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic). Em junho, foram 5,5 milhões de toneladas comercializadas, que representaram 1,7% de aumento ante o mês anterior.
Segundo relatório publicado nesta quarta-feira, 07, os fatores favoráveis para o resultado foram a construção imobiliária, a autoconstrução e a prorrogação do auxílio emergencial. Por outro, os fatores negativos são o aumento no custo de energia elétrica e térmica, a taxa de juros e a indefinição das reformas estruturantes.
No acumulado do ano, todas as regiões do país apresentaram alto crescimento das vendas, comparado ao mesmo período do ano passado. Destaque para a região Centro-Oeste, com elevação de 21%, seguido do Sul (+19,6%), Norte (19,3%), Nordeste (15%) e Sudeste (12,6%). O comércio em junho, porém, apresentou enfraquecimento em duas regiões.
A maior queda ante junho de 2020 foi registrada no Nordeste, com 2,8%. Com o enfraquecimento de 0,8%, o Sudeste também reduziu a quantidade de vendas. Por sua vez, a região Sul apresentou a maior elevação no período, com 11,4%, à frente das regiões Norte (6,7%) e Centro-Oeste (3,3%).
Conforme o relatório do Snic, há uma projeção de crescimento na venda de cimentos em torno de 6% para 2021. A redução da taxa de isolamento e o avanço da vacinação contra a Covid-19 melhoraram as expectativas para o setor.Também podem ajudar nessa questão os leilões de concessões de aeroportos regionais, saneamento municipais e ferrovias, além do investimento público em infraestrutura.
"O aumento das vendas de imóveis residenciais em patamares surpreendentes sustenta o desempenho do setor de cimento, mas impõe cautela para o futuro. É fundamental a continuidade dos lançamentos imobiliários, a manutenção do ritmo das obras, aumento da massa salarial (emprego e renda) e da atividade econômica", diz Paulo Camillo Pena, presidente do sindicato.
Com Estadão Conteúdo - SP
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