segunda-feira, 30 de março de 2020

TERMÔMETRO DA ABRAMAT MOSTRA QUE A INDÚSTRIA BUSCA MINIMIZAR EFEITOS DO NOVO CORONAVÍRUS

O estudo revela também redução no otimismo em relação ao governo

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou, nessa segunda-feira, 30, a nova edição do seu Termômetro, pesquisa de opinião realizada com as empresas associadas. Esse é o primeiro estudo produzido após o início da pandemia do novo Coronavírus no Brasil e destaca a expectativa negativa do setor sobre o seu faturamento em março e abril.


O Termômetro da Abramat revela que para 48% das empresas associadas o desempenho nas vendas em março foi considerado ruim ou muito ruim, enquanto 33% o consideram regular e as demais 19% bom. A expectativa sobre o desempenho nas vendas em abril é ruim ou muito ruim para 67% das empresas. Já 33% vislumbram período regular, sem expectativa positiva para o próximo mês.

Os reflexos tambám podem ser observados nos demais indicadores da pesquisa. Quando perguntadas sobre as expectativas sobre ações governamentais, predomina a indiferença, sentimento de 67% das associadas. Para 24% há pessimismo, e as demais 9%, otimismo. Em fevereiro, a edição anterior do estudo indicava 25% de otimismo e 4% de pessimismo nesse quesito.

A ideia de investimentos no médio prazo caiu de 71%, em fevereiro, para 38% em março. O nível de utilização da capacidade instalada registrado foi de 65% no mês de março. Em fevereiro o mesmo apontava 70%. A variação negativa desses índices foram as maiores nos últimos 12 meses. O cenário negativo, contudo, ainda não afetou os índices de emprego do setor.

"Desde o início dessa crise, os focos do setor foram muito claros. Em primeiro lugar prezar pela saúde das pessoas. Na sequência, o setor trabalha arduamente, em várias frentes, para preservar caixa e condição de solvência para efetuar os pagamentos, levando assim à manutenção dos empregos" comentou Rodrigo Navarro, presidente executivo da entidade.

Vale destacar que a indústria de materiais de construção é responsável pelo emprego de cerca de 620.000 pessoas por todo o Brasil. "Temos mantido contato com as autoridades responsáveis, além de estarmos acompanhando pleitos de outros setores da economia, que muitas vezes apresentam propostas em sinergia com o que a construção civil também está precisando", completou Navarro.

www.abramat.org.br

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